A casa que (ainda) temos dentro

- Onde me sinto em casa? Na natureza. É como vestir a roupa mais confortável de todas, tão confortável que nem a sinto, mas que me ampara e sustenta, que me acolhe e me protege. Não, melhor do que a roupa mais confortável: uma segunda pele. Para mim, a natureza significa isso: uma segunda pele.
- Onde me sinto em casa? Na memória. Onde guardo tudo o que fui. O meu museu íntimo.
- Onde me sinto em casa? Na solidão. Quando estou só eu, com os meus pensamentos e os meus silêncios, os meus medos e as minhas fantasias. Só eu e a minha respiração. Acho que casa é isso: poder sentir a própria respiração.
- Onde me sinto em casa? Na proximidade das pessoas que amo. As que adivinham o que penso sem ter de me confessar, as que sabem quem sou sem ter de me explicar, as que me consolam sem ter de pedir, as que me ouvem mesmo quando não falo.
- Onde me sinto em casa? No momento. Vivo em cada momento: é aí que está a minha casa, onde estou completo.
- Onde me sinto em casa? No toque. É isso que me faz sentir em casa: o toque.

(NMNM #6 | 23 de Janeiro de 2026)

Bruxarias








23.11.2025
Fotografia de cena: Cristina Vicente

O plano


23/11/2025 - 17h30

A boina

Um texto para o senhor Manuel.

Dez meses

















Nem Marias Nem Manéis
(Fotografia de cena: Cristina Vicente)

Enquanto houver vento






Nem Marias Nem Manéis
O VENTO NÃO SABE O QUE FAZ
Fotografia de cena: Cristina Vicente

13 de Novembro






O vento não sabe o que faz
Um produção Nem Marias Nem Manéis
Fotografia de ensaio: Cristina Vicente

A estória do João

O João é uma criança com cancro que está internada no Hospital Pediátrico de Coimbra. O que mais me impressionou na visita que lhe fiz foi o sorriso da mãe.
Esta é a estória do João (e da mãe).

13 de Novembro

Por vezes, acho que há pessoas que são como balões. Iguaizinhas aos balões: só têm ar dentro de si. Mas eu não quero ser dessas pessoas. Quero ter um arco-íris dentro de mim. Muitas emoções, uma de cada cor. Todas as cores.
Bem sei que não é normal dizer coisas destas. Dizer: quero ter um arco-íris dentro de mim.
Quem ouvir, ainda pensa: é doida. Ou pior, ainda pensa: é poeta.
Na verdade, são pensamentos de criança.
Já não tenho nove anos, mas ainda tenho pensamentos de criança.

Escritas para palco (2010 » 2025)

a casa que temos dentro - performance
aisha - performance
até as pedras precisam de raízes - ópera
chega de fado - performance
cruza as pernas como uma rainha - performance
diário de quem ficou (versão I) - performance
diário de quem ficou (versão II) - peça
falta aqui qualquer coisa - peça
há sempre uma dor qualquer, não é? - peça
libelinhas - peça
nem bestas nem santas - performance
nós. vocês. toda a gente - ópera
noventa e dois por cento - peça
o céu das mães - performance infantil
o tempo (somos nós) - ópera
o vento não sabe o que faz - performance
porque não paramos? - peça
serviços mínimos de felicidade - performance
tiririri - peça infantil

Casa


Convite ou desafio?

Aisha






AISHA
Produção Nem Marias Nem Manéis
Vizela - 19/10/2025
Fotografia de cena: Cristina Vicente

315 » 329


Na edição em papel do Jornal de Leiria ou aqui.

2025







Fotografar Palavras
Apresentação do catálogo 2025
Fotos de Vera Fernandes

Aisha


Nem Marias Nem Manéis

Portas abertas


"O presente ensaio celebra os 150 anos de nascimento de Carl G. Jung e seu brilhante entendimento do ser humano como ser criativo.
O texto aborda o tema da ética de hospitalidade em análise. Para tanto, parte da arte, mais especificamente, da ópera contemporânea portuguesa O Tempo (Somos nós), cujo libreto é de autoria de Paulo Kellerman, para iluminar a prática clínica, tendo por base o texto O Banquete, de Platão, em articulação com a psicologia analítica.
Tanto na ópera quanto no processo analítico, Eros surge como fenômeno mais amplo, capaz de restaurar uma possibilidade criativa que reacende a alma, enquanto lugar da experiência do indivíduo, e de integrar aspectos dissociados da psique individual e coletiva." Ana Gilbert