Esboço # 87

Prazo de validade expirado.

Caixa de surpresas


Esboço # 86

Prazo de validade expirado.

Dão-se livros # 09

Livro atribuído ao Pedro. Obrigado a todos.

17 de Abril de 2010

Absolutamente inesquecível.
Obrigado ao Gato e ao Pedro Wilson. E a todos os que vieram.

Dão-se livros # 09

A proposta deste mês é indicar um bom motivo para não aparecer na apresentação de Chega de Fado (dia 17 de Abril, na Livraria Arquivo, em Leiria); entre todos os que responderem à provocação, será sorteado o vencedor do livro. Valem as respostas chegadas até 17 de Abril.

Leiria, 17 de Abril

A quem não bastarem os argumentos literários, eis os argumentos gastronómicos (cortesia da Lídia):

- Mini muffin de laranja com peru fumado e molho arando
- Caixinhas de milho com ceviche de camarão, manga e lima
- Mini croquete monsieur
- Empadinhas picantes de chouriço
- Biscoito de queijo
- Mini folhado de alheira
- Tranche de café e chocolate com creme de queijo e framboesa
- Bolinhos de coco
- Bolinhos de gema
- Quadrados de chocolate e caramelo
- Muffins de chocolate com ganache
- Fruta

Bom apetite.

Convite


Apresentação de
Chega de Fado
(Deriva Editores)

17 de Abril (Sábado) - 18h

Livraria Arquivo
Com a presença d’ O Gato - Grupo de Teatro
(Encenador: Pedro Wilson)

O convívio (e o lanche / jantar / ceia) continua no
Bar Alinhavar
Para todos os amigos e leitores que queiram aparecer

Arquivo - Av. Comb. da Grande Guerra (Leiria)
Alinhavar - Largo de Infantaria 7 (Leiria)

Um romance!?

Quem sabe...

Esboço # 85

(Ela está na casa de banho, em frente ao espelho, a maquilhar-se; ele aproxima-se e olha-a.)
ELE (tom impaciente): Despacha-te lá, que estamos atrasados. (Afasta-se, sem aguardar uma resposta.)
(Ela suspende o gesto e olha-se ao espelho, apática; depois, sem desviar o olhar do seu reflexo, pousa o batom. E assim permanece, estática, até ele regressar um pouco mais tarde.)

ELE (de novo à porta, irritado): Então?
ELA (tom monocórdico e distante, sem desviar o olhar do espelho, de si própria): Todos os sábados é a mesma coisa, semana após semana após semana. Já reparaste? (Ele olha-a com apreensão.) Jantamos fora, num restaurante que escolhes e onde passo duas horas a mastigar e a sorrir e a ouvir-te. Depois, levas-me a um bar qualquer, onde te exibes fingindo que sabes cantar, sempre as mesmas músicas, porque todos os sítios têm a porcaria dos mesmos cd’s de karaoke; e eu a ver-te actuar, a esforçar-me por rir bem alto, por apresentar gargalhadas, porque sei que é disso que precisas. (Ele continua a olhá-la, agora incrédulo.) Depois, por fim, trazes-me para casa e fodes-me, de forma competente mas desapaixonada e quase indiferente, como se te importasse pouco o meu prazer. (Cala-se e arrasta o silêncio, sabendo que ele não o interromperá; por fim, encara-o e olha-o sem antagonismo ou desafio.) É isto que tens para me dar? Apenas isto? Jantares insípidos, gargalhadas fingidas, fodas de rotina? (Abana a cabeça, triste.) Nada mais? (Ele desvia o olhar.) Porque se é, talvez não valha a pena apressar-me, não achas?