ADOLESCENTE (num tom quase choroso): Depois, mesmo antes de tocar, levou-me ali para a zona dos cacifos, onde não estava ninguém (Pausa breve, hesitação.) E disse que não queria mais andar comigo.
MÃE (algo condescende, ligeiramente alheada): Oh filha, mas era o teu primeiro namoro. Pensavas que ia durar para sempre?
ADOLESCENTE (sem ouvir a mãe): Nem imaginas como me senti. (Pausa breve.) Raiva. Dor. Decepção. Desalento. Fúria. Desamparo. (Pausa breve. Num tom exasperado.) Sei lá. Ódio. (Pausa breve. De novo no tom choroso.) Oh mãe, foi tão mau. Achas que vou voltar a sentir-me assim tão mal? Não sei se aguento.
MÃE (num tom inesperadamente seco, rude): Habitua-te, que a partir de certa altura vais sentir-te assim permanentemente. (Pausa breve.) Permanentemente.
(A adolescente olha a mãe, incrédula e magoada; tenta sorrir, tenta não chorar. A mãe afasta-se, em silêncio.)
MÃE (algo condescende, ligeiramente alheada): Oh filha, mas era o teu primeiro namoro. Pensavas que ia durar para sempre?
ADOLESCENTE (sem ouvir a mãe): Nem imaginas como me senti. (Pausa breve.) Raiva. Dor. Decepção. Desalento. Fúria. Desamparo. (Pausa breve. Num tom exasperado.) Sei lá. Ódio. (Pausa breve. De novo no tom choroso.) Oh mãe, foi tão mau. Achas que vou voltar a sentir-me assim tão mal? Não sei se aguento.
MÃE (num tom inesperadamente seco, rude): Habitua-te, que a partir de certa altura vais sentir-te assim permanentemente. (Pausa breve.) Permanentemente.
(A adolescente olha a mãe, incrédula e magoada; tenta sorrir, tenta não chorar. A mãe afasta-se, em silêncio.)