(Estão sentados numa esplanada, em silêncio. Olham as pessoas que passam, sem curiosidade excessiva, não se esforçando em dissimular o aborrecimento que sentem; por vezes, mudam de posição na cadeira ou espreitam o telemóvel; ou fecham os olhos, momentaneamente. Mas não se olham.)
ELA (falando inesperadamente, como se tivesse sido súbita e irresistivelmente surpreendida pela dúvida, pela curiosidade; tom informal, curioso): Qual foi o dia mais triste da tua vida?
(Pausa breve. O silêncio arrasta-se, acentuando a monotonia da manhã.)
ELE (continuando a olhar com algum interesse uma mulher que se afasta, lânguida e provocadora; fala num tom indiferente, quase contrariado): Acho que foi o dia em que a minha ex-mulher casou.
(Ela olha-o, surpreendida e chocada, aguardando uma explicação, que ele não dá. Passa algum tempo – silêncio mais tenso que antes; mas não demasiado – e um miúdo aproxima-se, cabisbaixo; eles olham-no, talvez aliviados, e começam de imediato a arrumar os objectos espalhados no cimo da mesa, preparando-se para partir.)
ELA (falando inesperadamente, como se tivesse sido súbita e irresistivelmente surpreendida pela dúvida, pela curiosidade; tom informal, curioso): Qual foi o dia mais triste da tua vida?
(Pausa breve. O silêncio arrasta-se, acentuando a monotonia da manhã.)
ELE (continuando a olhar com algum interesse uma mulher que se afasta, lânguida e provocadora; fala num tom indiferente, quase contrariado): Acho que foi o dia em que a minha ex-mulher casou.
(Ela olha-o, surpreendida e chocada, aguardando uma explicação, que ele não dá. Passa algum tempo – silêncio mais tenso que antes; mas não demasiado – e um miúdo aproxima-se, cabisbaixo; eles olham-no, talvez aliviados, e começam de imediato a arrumar os objectos espalhados no cimo da mesa, preparando-se para partir.)