O cavalo já se refrescou, agora passeia nervosamente, mantendo-se afastado de mim, ignorando-me; em silêncio absoluto, como se desejasse que não desse por ele, que o esquecesse. E sei o que isto significa: mas não me revolto. Permito que fuja, que me abandone.
Quando, um pouco mais tarde, o procuro com o olhar e não encontro, sou incapaz de me sentir mais só que antes. E tento não ter pena de mim, não pensar – demasiado – em arrependimento. A noite cai, transmitindo-me tranquilidade; e talvez seja melhor assim: morrer devagarinho, sem medo nem ansiedade, sentindo o silêncio e escutando a solidão. Sem testemunhas.
Sim, encontrei um bom lugar para morrer; e pergunto-me se alguém terá escolhido este refúgio para morrer, antes; se alguém o escolherá no futuro. Ou se terei encontrado, finalmente, o meu lugar no mundo.
Quando, um pouco mais tarde, o procuro com o olhar e não encontro, sou incapaz de me sentir mais só que antes. E tento não ter pena de mim, não pensar – demasiado – em arrependimento. A noite cai, transmitindo-me tranquilidade; e talvez seja melhor assim: morrer devagarinho, sem medo nem ansiedade, sentindo o silêncio e escutando a solidão. Sem testemunhas.
Sim, encontrei um bom lugar para morrer; e pergunto-me se alguém terá escolhido este refúgio para morrer, antes; se alguém o escolherá no futuro. Ou se terei encontrado, finalmente, o meu lugar no mundo.