Entro no escritório e digo bom dia; alguém responde, num murmúrio contrariado. Rostos fechados, cabeças cabisbaixas; o silvo dos computadores misturado com os gemidos das cadeiras, com o sussurro das respirações. Ligo o computador e aguardo, sem pressa: mais uma vez, a sensação de que precisa de mais tempo para arrancar, que demora.
No outro dia, senti algo semelhante em relação ao elevador: mais vagaroso, como se estivesse cansado; e também o autoclismo: tanto tempo para encher. Tudo mais demorado; ou serei eu: mais lento em relação à vida? Ou mais impaciente em relação ao mundo?
Com pressa: de quê?
No outro dia, senti algo semelhante em relação ao elevador: mais vagaroso, como se estivesse cansado; e também o autoclismo: tanto tempo para encher. Tudo mais demorado; ou serei eu: mais lento em relação à vida? Ou mais impaciente em relação ao mundo?
Com pressa: de quê?