(Acorda subitamente, assustada.)
MULHER (num tom murmurado e receoso, muito apreensivo): Voltei a ter aquele pesadelo.
(Aguarda durante um instante, ainda incapaz de se mover, de abrir os olhos; logo depois, recorda que está sozinha, que não há ninguém para a escutar, para a tranquilizar, para a abraçar. Passaram meses e meses: mas continua a não haver ninguém. Abre os olhos, num esforço ingénuo de tentar expulsar a escuridão que sente dentro de si; tenta esquecer o pesadelo, perguntando-se se terá gritado; espera não ter acordado os garotos. E mantém-se vigilante, tentando localizar na escuridão as suas suaves respirações, separando-as do silêncio opressivo; tentando distingui-las e acompanhá-las, envolvida pelo seu ritmo monótono e previsível, seguro; tentando sentir-se menos só, apenas um bocadinho menos só.)
MULHER (num tom murmurado e receoso, muito apreensivo): Voltei a ter aquele pesadelo.
(Aguarda durante um instante, ainda incapaz de se mover, de abrir os olhos; logo depois, recorda que está sozinha, que não há ninguém para a escutar, para a tranquilizar, para a abraçar. Passaram meses e meses: mas continua a não haver ninguém. Abre os olhos, num esforço ingénuo de tentar expulsar a escuridão que sente dentro de si; tenta esquecer o pesadelo, perguntando-se se terá gritado; espera não ter acordado os garotos. E mantém-se vigilante, tentando localizar na escuridão as suas suaves respirações, separando-as do silêncio opressivo; tentando distingui-las e acompanhá-las, envolvida pelo seu ritmo monótono e previsível, seguro; tentando sentir-se menos só, apenas um bocadinho menos só.)