(A Idosa está deitada na cama do hospital, respirando com alguma dificuldade; olha a Filha que está sentada junto da janela, lendo uma revista. Ouvem-se gritos de dor e queixumes ocasionais, vindos do corredor. De repente a Filha atira a revista ao chão e levanta-se.)
FILHA (caminhando em direcção à porta, sem olhar a Idosa): Vou apanhar ar.
IDOSA (num tom choroso e assustado): Tens que ir? Não quero ficar sozinha. (Hesita, baixa a voz.) Não quero morrer sozinha.
FILHA (sem parar, num tom indiferente): E de que serve morrer acompanhada?
(A Idosa fica a olhar para a porta vazia enquanto ouve os ruídos dos outros idosos, despedindo-se ruidosamente do mundo.)
FILHA (caminhando em direcção à porta, sem olhar a Idosa): Vou apanhar ar.
IDOSA (num tom choroso e assustado): Tens que ir? Não quero ficar sozinha. (Hesita, baixa a voz.) Não quero morrer sozinha.
FILHA (sem parar, num tom indiferente): E de que serve morrer acompanhada?
(A Idosa fica a olhar para a porta vazia enquanto ouve os ruídos dos outros idosos, despedindo-se ruidosamente do mundo.)