Irei certamente morrer por aqui, caído ao chão e rodeado de nada – ou melhor: rodeado de vazio, o que sempre é preferível a nada; e permanecerei de boca aberta e olhos esbugalhados para sempre, assistindo à lenta dissolução do meu corpo, do meu espírito, da memória da minha existência; virá o vento e agitará indolentemente os meus cabelos, hora após hora após hora: até ao dia em que eles se comecem a desprender da minha cabeça e voem pela pradaria, acompanhados pelos ecos da noite, pelas sombras das nuvens. Será tudo o que restará de mim: os meus cabelos esvoaçando por aí.
Olho em redor, curioso e atento: quantos fragmentos de corpos mortos e esquecidos divagarão por aqui, à minha volta?
Olho em redor, curioso e atento: quantos fragmentos de corpos mortos e esquecidos divagarão por aqui, à minha volta?